terça-feira, 10 de novembro de 2009

F.a.t.e

 Escrever antes do almoço e com fome é um pouco complicado. Já tive essa experiencia muitas vezes.

 Começo a escrever, escrever, escrever e pensa em arroz+feijão+carne, escreve, escreve , pensa em um peixe grelhado..huuuuuuuummm, escreve já não aguentando mais então voce começa a pensar em "beber o que?" Escreve... e pensa numa coca bem gelada com gelo e limão. Ahh ovo, adoro ovo! Omelete iria bem agora. Omelete com recheio de queijo, tomate, cebola, alho e pimenta de cheiro... é de matar.
 Enquanto meu amigo não volta com nosso almoço...

 Tudo estava predestinado.
 Ontem, no horário de almoço, fui almoçar na casa do ex namorado (FF), sendo que já tinha meu almoço prontinho aqui comigo. Mas almoçar sozinha é o terror, por que não ir?!
 Nessas, eu fico pensando, será que eu tinha escolha? Será que a vida nos faz pensar que temos o poder de escolha mas na verdade a escolha já está feita pela vida e tudo que acontece era pra ter acontecido? E os acontecimentos, eles acontecem para aprendermos algo? Se for assim, então as pessoas que são infelizes é por não ter escolha, que ser infeliz é o seu destino? < ISSO COM CERTEZA NÃO É!! Ser infeliz é opção sua. Mas então, quando acontece algo ruim por uma escolha sem muita importancia, do tipo "será que vou à padaria ou não?" e acontece algo como atropeçar e quebrar os dentes pq voce escolheu ir na padaria. Se tudo aconteceu  porque fui à padaria, quer dizer que se eu ficasse em casa aconteceria algo pior ou não aconteceria NADA, ou a escolha que a vida deu era perder os dentes por uma causa bem maior? Ou pode ser que tudo isso seja besteira e não precisamos preocupar com essas baboseiras que a fome nos proporciona.
 hahahahaha. Mãe, juro que não fumei maconha!
 Depois do almoço na casa no FF, lá pelas 13:25 hs, desci do apto pra ir rumo ao trabalho, com  aquela preguiça depois de comer, mas super satisfeita. Fui caminhando... são 4 quadras +- de lá. Passei primeira quadra viajando TOTAL, com respiração NADA A VER e pensando no vestido que iria na formatura de minha prima Renata. Passando de uma quadra pra outra "nenhum carro tá vindo, sinal vermelho, posso passar", na segunda quadro ainda pensando "que vestido eu vou, sandália...academia tubarão! ah, precisava ir na academia, bom, mas agora não dá. Humm. aquele almoço estava bom" quando me toquei que estava viajando, pensei  "FICA ESPERTA ALINE! RESPIRA direito E PRESTA ATENÇÃO NA CAMINHADA", acredita que quando pensei nisso, aconteceu uma coisa muito sinistra , rápida e super NINJA, pisei num pedaço de folha de madeira cinza, daquelas de outdoor (inclusive, "tudo isso" aconteceu em frente de uma), e de repente um pedaço desse pau estava no meu pé.  Nem senti dor, pensei que tivesse sido um arranhão, na hora até tirei umas lasquinhas que tinham entrado no meu pé e continuei a andar até que começou a arder e incomodar, então agachei e fui ver aaaarrrgh! credo, fico uma bola de inchaço um pouco antes de chegar no dedão, era um pedação de madeira enfiado de cima pra baixo, conseguia até pegar a ponta da madeira, mas ela estava tão encravada que nem se mexia. Mas de cima pra baixo? Como alguém que está andando, vai entrar um pedaço de madeira no pé de cima pra baixo? Eu Juro que não entendi!!! Mas foi como uma tapa na cara, "WAKE UP, ALINE..WAKE UP!"
 Fui no posto ao lado com cara de "alguém, por favor tenha dó de mim, tá doendo, to sangrando", ahh ninguém se importou e fui no banheiro lavar meu pé. Sentei no banco do posto comecei a ficar agoniada, meu corpo por dentro começou a reprimir, senti minhas energias comprimindo, comprimindo... suando e resolvi ligar pro FF e fomos ao hospital. Sem convenio, sem p* nenhuma, e sem saber como funciona os hospitais que são de graça, fiquei abismada com a demora e com a higiene do lugar. Era minha primeira vez em hostital público, pq nunca me machuquei a ponto de ter que ir no Hospital. E o médico que fez a mini cirurgia do meu pé, ele vestia roupa preta: camiseta, calça e tenis preto. Era a verdadeira "MORTE" em médico.
 Eu que sou fascinada pelo meu sangue, na hora que o médico pegou o bisturi eu gelei, segurei a mão dele " NÃO, NÃO NÃO NÃO", falei pra ele esperar que eu não estava preparada. Ele disse "não rela sua mão na minha luuuva", ele saiu e voltou com o bisturi novamente e SEGUROU MEU PÉ, "espera, espera, espera" segurei sua mão novamente e ele disse "não rela sua mão na luuuva!". Comecei a suar frio pensando que eu iria sentir dor mesmo com anestesia. E FOI!ELE CORTOU! E tinha hora que sentia dor mesmo, e como dói essa anestesia, heim! Não tive coragem de ver cortando, mas sentia a lâmina cortando meu pé, e ele fuçando com uma pinça comprida, apertando, amassando, apertando, amassando pq o pedaço não queria sair, e parecia que ele brincava com meu pé como se fosse uma massinha E pega bisturi de novo. Nessa hora, lembrei do Dexter, da abertura, do trabalho dele...consegui entender +- o "tcham". Será que todos os médicos que gostam de cortar, costurar..tem um lado serial killer bonzinho como o Dexter?? Mas se fossem como ele fisicamente, MEU DEUS! E nem que fossem mentalmente como ele...
 Perguntei se levaria ponto, a "MORTE" disse que não era necessário. Que saco! Seriam meus primeiros pontos.



 Fiquei a pensar se eu iria machucar de qualquer jeito. Mesmo se eu fosse de carro, de bike, de roller, de skate, eu iria machucar? O destino que o universo escolheu pra mim era menos agressiva? Ele deu um jeito para eu sair menos prejudicada...
 Mesmo achando uma bobeira, esses pensamentos vem pela falta do que pensar. E como nossa cabeça não pode parar de pensar ou não conseguimos parar de pensar, fica entrando essas "cuspes misturado com pedaços de milho + cheiro de chulé da minha amiga" ( pra não falar merdas ) na mente.

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